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segunda-feira, 12 de março de 2012

A doutrina da expiação em Anselmo de Canterbury



Escrito por A.G. Vos

Anselmo (1033-1109) natural de Aosta, Itália, Anselmo estudou em Bec, Normandia, cidade onde mais tarde tornou-se bispo (1063), e abade (1078). Foi nomeado arcebispo de Canterbury em 1093.

O espírito que animava o pensamento de Anselmo era o objetivo agostiniano de que a fé está em busca do entendimento. Relaciona-se deste modo com Deus no primeiro capítulo de seu Proslogion: “Desejo compreender em certa medida a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Porque não desejo compreender para crer, senão crer para compreender.” Talvez, Anselmo seja conhecido sobretudo pelo seu argumento a favor da existência de Deus, o assim chamado “argumento ontológico” do Proslogion, que passa do conceito de Deus para a sua realidade.

Dentro da teologia Anselmo fez uma importante contribuição para a doutrina da expiação em sua obra Cur Deus Homo (Por que Deus se fez homem?). Anselmo rejeitou o paradigma conhecido como a teoria do resgate, de que em virtude do pecado humano, o diabo teria “direitos legítimos de propriedade sobre o homem.” O pecado “não é mais do que não dar a Deus o que lhe é devido”, resultando em não lhe concedendo a honra. Não seria justo que Deus cancelasse o pecado sem retribuição pelo pecado; pelo contrário, o que peca deve sofrer um castigo pelo pecado. Sendo a humanidade foi criada por Deus, lhe somos deveremos de tudo, e somos incapazes de fazer expiação por nossos pecados. Somente Cristo assumindo, voluntariamente a natureza humana e morrendo, pode dar a honra que corresponde a Deus. Cristo oferecendo voluntariamente ao Pai o preço por aquilo que ele mesmo não devia, alcança a expiação pela humanidade.

Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
Extraído de David J. Atkinson & David H. Field, eds., Diccionário Ética Cristiana & Teología Pastoral (Barcelona, CLIE, 2004), pp. 227-228

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