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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

EM JESUS CONHECEMOS DEUS.


REFLEXÃO EM JOÃO 5.2-4
2.Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3.Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
4.Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
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Jesus entra neste tanque, chamado Betesda, os Judeus difundiam entre eles a noticia de que vez por outra um anjo vinha e mexia as águas desse tanque e o primeiro que pulasse na água era curado de toda a doença.
Ora, basta qualquer pessoa com o mínimo de senso critico, para ver que este sistema é cruel. Transformar a fé em uma corrida pelo milagre, onde o primeiro, o mais esperto, o mais hábil é quem recebe o milagre.
Este sistema é no mínimo cruel, cruel com o doente, cruel com o mais necessitado.
E Jesus entra neste tanque, sai em busca deste paralítico, que espera por um milagre há 38 anos, claro, ele era doente, pobre, quando ele iria entrar na água? E Jesus olha para ele e diz: ”levanta toma tua cama e vai para casa”. Desmonta uma lógica religiosa cruel e apresenta um Deus que se preocupa e olha para o mais necessitado, o mais fraco, o menos capaz, o mais carente.
Por isso nos temos boas noticias, você que se acha o menos capaz, o menor, o mais fraco. Refaça sua ideia de Deus, pois ele olha pra você sem nenhuma distinção. Jesus nos mostra, através de seus atos e palavras, que Deus faz opção pelos rejeitados e abandonados por sistemas cruéis,que transformam em mercadoria, a graça e o milagre, que gratuitamente encontramos em Deus,somente pela fé, podemos alcançar o milagre. Em Cristo podemos encontrar e conhecer Deus.
(Heitor P. Junior)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Os absurdos que os crentes falam



Vida cristã além dos jargões e clichês
A vida cristã necessita ir além dos jargões e clichês que são produzidos e reproduzidos ao longo da história eclesiológica. Os jargões são terminologias técnicas ou dialetos comuns a uma atividade ou grupo específico, e são normalmente utilizados em grupos profissionais ou socioculturais. Nos guetos evangélicos não é diferente. Temos nossos jargões, expressões ou frases que são sempre utilizadas para aconselhar, confortar ou encorajar alguém. No entanto, esses jargões que utilizamos e falamos a torto e a direito por aí, não resolvem e nem sequer colaboram para a resolução dos problemas da vida moderna. Os crentes adoram utilizar essas expressões para tratar dos problemas dos outros, mas têm certeza de que essas expressões de nada valem e sempre ficam irritados quando esses jargões são ditos a eles. Para bem da verdade, o grande problema desses jargões é que, em sua maioria, denotam a falta de profundidade teológica, as heresias e egoísmo presentes no ambiente evangélico. Particularmente, tenho um sério problema com os jargões evangélicos. É como se meu ouvido doesse cada vez que um jargão evangélico fosse pronunciado. É por isso que considero importante analisar e porque não criticar o absurdo que denotam alguns desses jargões evangélicos. Vamos lá!
“A oração é alavanca que move a mão de Deus”
Também tem sua variação como sendo “a fé a alavanca que move a mão de Deus”. Esse jargão parece verdadeiro e inofensivo, mas basta uma análise um pouco mais minuciosa para ver como ele é falso e até satânico. Em primeiro lugar, se há algo que um ser humano possa fazer para que Deus se lembre ou faça algo em seu favor, isso anula a graça de Deus e exalta a meritocracia. Não é por causa de uma oração, um sacrifício ou uma oferta que Deus abençoa o homem. Ele o faz por causa da sua graça, da sua misericórdia e do seu amor.  Em segundo lugar, esse jargão é herético uma vez que pressupõe uma posição estática em Deus. É praticamente como dizer que Deus está sentado, quase cochilando no trono, apenas esperando que alguém manifeste fé, para que ele aja em favor daquela pessoa. Oramos nunca para mover a mão de Deus, mas sempre para sermos por ela movidos. Deus não é relutante nem vagaroso em responder orações, muitas vezes Ele está apenas aperfeiçoando o nosso caráter.
“Tomar posse da benção”
Isso é um típico jargão da confissão positiva, parte da teologia da prosperidade. É uma interpretação totalmente equivocada do texto de Hebreus 11, onde os teólogos dessa teologia sustentam que a benção deve ser visualizada e em seguida deve-se tomar posse da benção, que já foi concedida e está incubada ou arquivada, esperando apenas a movimentação do crente. Uma enorme heresia que não tem base nenhuma no antigo e muito menos no novo testamento. Você não precisa “tomar posse da benção”, afinal, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). Ou seja, Ele é quem outorga poder.
“Buscar a face do Senhor”
Esta é uma expressão complicada e ao mesmo tempo muito utilizada. É praticamente impossível alguém que seja cristão evangélico a mais de dois meses e nunca a escutou. Lembro-me de, certa vez, ter perguntado a um amigo neopentecostal como se fazia para buscar a face de Deus. Ele me explicou de uma maneira muito simples: “eu me tranco no quarto, coloco um louvor pra tocar e fico ali orando por horas se preciso for”. No final tive vontade de perguntar a ele: “e assim você consegue achar?”. Sinceramente, a leitura dos evangelhos nos mostra que Jesus deixou uma lição muito bonita e singela, de que a melhor maneira de buscar a face de Deus é olhando para o próximo. Se não descobrirmos a face de Deus no rosto de nossos familiares, amigos, irmãos, patrões, moradores de rua e etc., jamais a encontraremos dentro de nós ou em outro lugar. Deus não existe fora do outro. (Gênesis 33:10 – 1 João 4:20)
“O melhor de Deus ainda está por vir” 
Eu não sei o quê esse povo ainda espera de melhor, sendo que Deus “não poupou a seu próprio Filho, antes o entregou por todos nós” (Romanos 8:32b). O melhor de Deus é Jesus Cristo e, portanto, o melhor de Deus já veio. Muitos declaram/cantam essas palavras pensando em bênçãos terrenas, materiais e um conforto que ainda está por vir da parte de Deus, quando, na realidade, Deus já “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3). O melhor de Deus já veio, Cristo Jesus, e se buscarmos nele alegria e satisfação, viveremos também contentes em toda e qualquer situação.
“Entrar na presença de Deus”
Fico a pensar qual é o ser humano que não esteja na presença de Deus e que por isso seja necessário “adentrá-la”. Seria o ateu? O agnóstico?  O muçulmano? Ou o crente que está em pecado? O que define isso? De onde arrancaram essa ideia? Se de fato cremos que Deus é onipresente, é evidente que tudo e todos estão na presença Dele.
“Dar base legal para o inimigo agir”
“Cuidado, fazendo isso você vai estar dando base legal para o inimigo agir na sua vida!” Já perdi as contas de quantas vezes ouvi isso, exatamente assim, com todos os gerúndios que escrevi.  Confesso que durante um breve tempo da minha vida tomei todos os cuidados para que minhas ações fossem sempre extremamente e moralmente corretas, para de maneira nenhuma dar brecha para o diabo. Até que finalmente compreendi que o sangue de Cristo me purifica de todo o pecado e mais, que toda maldição que veio ou poderia vir sobre minha vida foi cravada na Cruz. A suficiência da cruz de Cristo é a simples verdade que pode modificar nosso modo de viver.
Com esses apontamentos, minha intenção não é ridicularizar ou menosprezar quem utiliza essas expressões. Na verdade, minha intenção é alertar para que de maneira nenhuma o nosso modo de seguir a Cristo se resuma a expressões vazias e sem sentido nenhum, mas sim que o dia a dia de discípulo se transfigure em espiritualidade voltada para o amor, a paz e a justiça do Reino de Deus. Insisto ao dizer que a vida cristã necessita ir além dos jargões e clichês que são produzidos e reproduzidos ao longo da história eclesiológica. Que vivamos todos os dias para honrar e glorificar o nome de Deus e para sinalizar o reino Dele de maneira efetiva no mundo!
Fonte:http://minhavidacrista.com/

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Saindo por aí...

"Jacó também seguiu o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus" (Gênesis 31:3)


Acontece com todos, ou quase todos...

Num momento da vida qualquer sentimos a necessidade de sair sem rumo...

Sair por aí, sem mapa nem itinerário.

Na esperança de topar com sabe-se lá o que, partimos sem lenço nem documento.

As placas pelo caminho não parecem indicar o país das maravilhas, mas, como se disse, para quem não
sabe onde ir qualquer caminho serve.

A fuga de si mesmo para encontrar-se... paradoxos da existência.

Paisagens desconcertadas e passantes ignorados testemunham a indiferença do caminhante que passeia,
absorto em seus pensamentos.

A vida escondida em cada um carrega seus motivos misteriosos.

Partimos, talvez nem tanto para chegar, mas para distanciar-se do tédio dos que nos olham sem ver, ou nos ouvem sem compreender...

Ou mesmo da mesmice que entorpece emoções latentes.

Sair por aí pode parecer coisa de gente perdida, com a vantagem e o risco de poder, enfim, encontrar-se.

Não são todos que se satisfazem apenas com sombras projetadas na parede.

Grandes homens saíram por aí, profetas e até Deus.

Moisés subiu a montanha, O Cristo embrenhou-se pelo deserto...

Ambos retornaram cheios da glória de Deus.

O primeiro encontrou o segundo em forma teofânica da sarça que ardia,
como arde o peito do peregrino que caminha pela existência em busca de resposta, e que sem saber, já está no rumo...

No rumo do Caminho.



Marcelo de Paula

Fonte:http://devaneiosdopregador.blogspot.com.br/

terça-feira, 2 de setembro de 2014

UMA REFLEXÃO EM APOCALiPSE 13.18

“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu numero é seiscentos e sessenta e seis”.
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Desde a antiguidade, os escritos Proféticos e Apocalípticos Judaicos costumavam atribuir às letras, valores numéricos e significados ocultos, o que facilitava a conferência e correção de um texto, especialmente das cópias, pela simples somatória das letras, além de encerrar certos enigmas, a fim de evitar que as mensagens pudessem ser compreendidas pelos perseguidores do povo de Deus.
Na Cultura Judaica, se por um lado, a expressão numérica sete ( 7) traz em si a perfeição, a justiça Divina, o próprio Jesus se utiliza do numero sete para se referir a perfeição do amor no exercício do perdão; por outro lado, é a expressão numérica seis ( 6) que aponta para imperfeição, para iniquidade, para a maldade.
Embora alguns estudiosos atribuam a Nero, outros acreditam que a expressão numérica 666 representava obviamente codificada, as letras que formavam o nome do Imperador Domiciano, Imperador, este, que exigia que todos se referissem a ele se utilizando da expressão “nosso senhor e deus”.
Este número, ao longo da história, também foi atribuído a outros homens, como Tito e também a seu pai, Vespasiano, que profanaram a terceira edificação do Templo e a destruição de Jerusalém, por volta do ano 70 da era cristã. Mais recentemente também foi atribuído a Adolf Hitler, devido ao seu antissemitismo diabólico.
Wim Malgo, um dos expoentes do dispensacionalismo, editor da revista Chamada da Meia Noite, faz referencia a diversos significados do numero 666, mencionando desde o computador até os grupos mais famosos do rock ,Kiss, Black Sabbath entre outros.
Outros pensadores, como Arthur Blomfield, diz que o 666 representa uma trindade maligna, o diabo, o anticristo, e o falso profeta, e ainda o numero 6 repetido por 3 vezes significaria a intensificação do mal ,da imperfeição e do fracasso.
Portanto, o número seis tanto poderia ser usado como código, como também para se referir a alguém insano, cruel e iníquo. E que a repetição do numero por três vezes pode indicar, como já foi dito, também a iniquidade, a imperfeição em seu estágio mais alto, multiplicada.
O autor escreve que o número citado é “número de homem”, logo é possível entendermos que, além de uma mensagem escatológica, trata-se de um comportamento, de características humanas contrarias à vontade Divina, quer seja através de um sistema ou de um individuo em especial. Poderíamos citar vários sistemas que oprimem, matam, excluem; sistemas que empobrecem cada vez mais, tirando dos que mais necessitam. E sem falar dos discursos religiosos que produzem mais mortes do que vida.
Sabemos que nenhum sistema vem à existência por si só, não, esses sistemas são frutos da mente humana, para não dizer da maldade humana, motivada e alimentada pelo individualismo, pela ganância e pela intolerância.
Portanto, quando olhamos para o mundo que vivemos, os sistemas que elaboramos e desenvolvemos na busca por fama e riquezas, sem levarmos em consideração nossos semelhantes, provocando a morte e destruição humana e da natureza, passando por cima dos mandamentos de Jesus, começo a refletir sobre a atualidade do texto de João.
Todos nós sabemos que a Ação de Deus é perfeita, o seu amor é perfeito, os seus estatutos são perfeitos. E também sabemos que todo aquele que o ama, deve buscar viver esta perfeição, isto é, amando ao próximo, exercendo, em todo tempo, o dom do perdão e em todas as dimensões vivermos em justiça, praticando o bem. Como Igreja de Cristo, privilegiarmos a vida, denunciando toda perseguição, toda opressão e injustiça a fim de impedir, pelo menos em nossos dias, a aplicabilidade da tão citada expressão 666 e tudo que ela possa representar.
Eu quero terminar esta reflexão, recorrendo a Deus, pedindo a Ele que nos guie e abençoe, nesta caminhada em busca do viver em perfeição, das características que nos tornam semelhantes a Ele.
( Heitor P. Junior)