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sábado, 14 de julho de 2012

Culpa,Sacrifício e Perdão




“Quando tiver consciência do pecado que cometeu, a comunidade trará um novilho como oferta pelo pecado e o apresentará diante da Tenda do Encontro” (Levítico 4.14).



Se existe reação difícil de se ver no ser humano pecador, é a consciência do erro.
Ser responsável pelas próprias ações é atitude rara de alguns, que muitas vezes só se manifesta, lá no final da vida. As pessoas vivem endividadas, mas não sentem culpa, pois quase sempre fazem novas dívidas; as pessoas se divorciam, mas não sentem culpa, pois logo se casam novamente e outros traem novamente; as pessoas vivem trocando de religião, mas não sentem culpa, pois vivem ignorando a vontade de Deus na Bíblia.


A falta de consciência dos próprios atos começou lá no Jardim do Éden, quando Adão e Eva desobedeceram a Deus. O homem pecou e culpou a mulher; a mulher pecou e culpou a serpente (Gên. 3.11-13). Como aconteceu lá, acontece hoje. É um milagre quem assume as consequências dos próprios atos.O texto base dessa meditação diz “quando tiver consciência...”. A atitude de ser responsável pelos próprios erros é lenta e muitas vezes tanto, por causa do orgulho. É mais fácil fugir, do que assumir o 
erro. Há pessoa que sempre aparece para dizer “tenho razão”, mas foge quando deveria dizer “tenho culpa”.



Ter consciência do pecado pode demorar a vida toda. Na Parábola do Filho Pródigo a culpa chegou, mas o filho precisou chegar a ponto de querer comida de porco; foi nesse ponto que caiu em si e se arrependeu (Luc. 15.16,17).


A culpa é nossa mais terrível realidade de vida. Aos olhos de Deus, somos todos culpados (Rom. 3.12). Nossa outra triste realidade é que não conseguimos nos arrepender por vontade própria. Precisamos da ajuda de Deus para chegar ao padrão de arrependimento aceitável por Deus. Sabendo disso, Jesus Cristo enviou o Espírito Santo, com o propósito de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8).


Além da demora em assumir a culpa, poucos sabem o que oferecer a Deus pelo pecado. Não basta ser “praticante” da religião, como se isso fosse meio de “pagar” pecados; não basta ser pessoa bondosa, cheia de boas obras, como se isso fosse suficiente para Deus. Quem já agiu assim ou ainda age dessa maneira sabe que essa prática não resolve, porque é inútil para tirar a consciência de culpa (Heb. 10.1,2).


A oferta pelo pecado tem que ser feita conforme a exigência de Deus. A oferta tem que ser totalmente santa e completamente perfeita, pois Deus é santo e perfeito. Foi o próprio Deus quem determinou o tipo de oferta suficientemente capaz de pagar nosso pecado. Tentar “compensar” Deus com boas obras é perda de tempo. A única oferta aceitável por Deus foi estabelecida pelo próprio Deus. A oferta que Deus estabeleceu foi o sacrifício do corpo e o derramamento do sangue de Jesus Cristo (Heb. 10.10). Em Cristo todos os pecados foram pagos (Gál. 1.3,4).No Antigo Testamento, as pessoas conscientes do pecado deviam trazer a oferta pelo pecado num lugar público, ou seja, perante Deus, na Tenda do Encontro. O 
arrependimento não era algo secreto. Era um testemunho público. Quem se arrependia trazia a oferta para testemunhar seu arrependimento publicamente, pois no seu coração sabia que com ajuda do povo de Deus, em oração, encorajamento mútuo e comunhão com outros irmãos arrependidos, seria mais fácil vencer a tentação do pecado. Ir ao Templo era forma de aumentar e fortalecer a fé.


Assim também nós que vivemos na era da Graça de Deus, somos guiados pelos mesmos princípios da Lei, pois somos salvos quando ouvimos e cremos no Evangelho (Rom. 10.17), adquirimos consciência pessoal de culpa e necessidade de arrependimento (At. 3.19), aceitamos o sacrifício de Cristo como sendo único, completo e suficiente para que Deus possa libertar da culpa para vivermos em arrependimento (Col. 1.21-23).


Essa nova vida não acontece no isolamento. Seguimos para a nossa “Tenda”, ou seja, a igreja. Lá se reúnem todos os arrependidos e fracos, que foram revestidos do poder de Deus para esperar a volta de Jesus Cristo (João 14.3).


Vilmar Paulichen
Pastor da PIB Indaiatuba, SP









sábado, 7 de julho de 2012

Sou evangélica e meu marido me bate, posso me divorciar?



Sônia Regina Maurelli, diretora da casa Isabel, afirma que cerca de 90% das mulheres vítimas da violência doméstica são evangélicas. 

Nas dependências da Casa de Isabel, é fácil encontrar grupos de mulheres com a bíblia aberta, senhoras murmurando corinhos cristãos e até mesmo a música no rádio da recepção, tocando canções evangélicas.

A Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada. Como todos sabemos, muitas destas mulheres continuam se sujeitando a este tipo de relacionamento, fundamentado na premissa de que Deus odeia o divórcio (o que é verdade), e com isso acentuando distúrbios psicológicos, neurológicos e físicos em sua própria vida e filhos.

Sem a menor sombra de dúvidas o divórcio não é uma instituição divina e sim humana, até porque, ele brota de corações caídos e distantes de Deus. Além disso, é indispensável que também entendamos que existe um enorme abismo entre lutar por um casamento combalido a permanecer numa relação onde a esposa é constantemente violentada fisicamente.

O Apostolo Paulo em I Co 7:10-15 afirma que o cônjuge cristão PODE se divorciar deste que o seu marido incrédulo abandone o lar. Isto posto, acredito piamente que maridos que batem em suas esposas, há muito abandonaram seus lares, dando as suas mulheres condições de não somente se divorciarem como também a de contraírem novas núpcias.

O fato de alguns destes afirmarem ser cristãos, não os torna efetivamente crentes, até porque, os que agridem suas esposas, legitimam de que na verdade nunca conheceram a Cristo.

A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza no tempo certo lhes fará justiça.

Soli Deo Gloria!

Renato Vargens