Acontece com todos, ou quase todos...
Num momento da vida qualquer sentimos a necessidade de sair sem rumo...
Sair por aí, sem mapa nem itinerário.
Na esperança de topar com sabe-se lá o que, partimos sem lenço nem documento.
As placas pelo caminho não parecem indicar o país das maravilhas, mas, como se disse, para quem não
sabe onde ir qualquer caminho serve.
A fuga de si mesmo para encontrar-se... paradoxos da existência.
Paisagens desconcertadas e passantes ignorados testemunham a indiferença do caminhante que passeia,
absorto em seus pensamentos.
A vida escondida em cada um carrega seus motivos misteriosos.
Partimos, talvez nem tanto para chegar, mas para distanciar-se do tédio dos que nos olham sem ver, ou nos ouvem sem compreender...
Ou mesmo da mesmice que entorpece emoções latentes.
Sair por aí pode parecer coisa de gente perdida, com a vantagem e o risco de poder, enfim, encontrar-se.
Não são todos que se satisfazem apenas com sombras projetadas na parede.
Grandes homens saíram por aí, profetas e até Deus.
Moisés subiu a montanha, O Cristo embrenhou-se pelo deserto...
Ambos retornaram cheios da glória de Deus.
O primeiro encontrou o segundo em forma teofânica da sarça que ardia,
como arde o peito do peregrino que caminha pela existência em busca de resposta, e que sem saber, já está no rumo...
No rumo do Caminho.
Marcelo de Paula
Fonte:http://devaneiosdopregador.blogspot.com.br/
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