sexta-feira, 25 de maio de 2012
Não julguem para não serem julgados? O Pastor Scott errou ao falar contra a Profetiza?
Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1-2
Este texto é algo preciosíssimo para nós cristãos. Infelizmente, tem sido interpretado de forma errada. Muitos pensam que com esta advertência, Jesus queria dizer que não devemos julgar nunca, deixando de lado a justiça. Porém isto não é verdade, caso contrário o próprio Jesus estaria se contradizendo com os ensinamentos que Ele fez em outros momentos (que veremos mais adiante).
O que Jesus dizia aqui no sermão do monte, estava alinhado com as bem-aventuranças e a postura do servo de Deus com relação às outras pessoas no sentido de perdoar, e nunca se considerar superior. Dado que devemos ser humildes de espírito (ptocói pneumati – ou seja, pobres como um mendigo de espírito) o que significa considerar que nada temos, nada somos e nada podemos fazer.
Diante desta verdade, jamais poderíamos julgar alguém pois todos somos pecadores. Neste caso, o julgamento seria mentiroso e errado. Não podemos condenar as pessoas.
Muitos usam o não julgueis para não ser julgado como uma válvula de escape para continuar no erro e deixar os outros continuarem no erro. Não foi para isto que Jesus disse aquilo. Jesus não dizia a respeito de obras e sim a respeito de ninguém merecer a graça de Deus.
Porém com relação às obras, o próprio Jesus em outro momento diz para que julguem:
Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. João 7:24
Estaria Jesus se contradizendo? Ou será que nós muitas vezes interpretamos textos isoladamente a nosso bel prazer?
Aqui, em outro contexto, devemos julgar os frutos que as pessoas demonstram. Se os frutos são de justiça, mesmo que a aparência não nos agrade, não podemos condenar tal pessoa. Se a aparência é boa (aparência de piedade) porém os frutos são de injustiça (não seguem os ensinamentos de Jesus), então podemos de fato condenar os frutos e chamar a pessoa ao arrependimento.
Em outro momento, aprendemos com Jesus sobre a disciplina na igreja. Os servos de Satanás que querem fazer tudo conforme suas vontades e não desejam se submeter à vontade de Deus, dizem que não podemos julgar nada e deixar como está. Deixa que Deus faça. Porém isso é uma mentira. Caso contrário, deveríamos apenas nos calar frente ao pecado na igreja e na sociedade, porém somos chamados a obedecer a Deus e dizer: Basta!
Jesus disse:
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mateus 18:15
Se levássemos a cabo o que é dito sobre não julgar, aqui estaria um falso ensinamento. Pois não poderíamos julgar um irmão que pecou. E Jesus ensina que devemos julgar aquele que pecou e discipliná-lo. Se ele não se arrepender, devemos apresentá-lo para duas ou três testemunhas, caso não se arrependa, devemos apresentá-lo para a igreja. E caso não se arrependa, ele deve ser considerado como um gentio, ou seja, deve ser excluído da comunhão.
E Jesus termina dando completa autoridade para a disciplina na igreja dizendo que tudo que ligarmos na terra será ligado no céu e onde dois ou três estivem reunidos em nome de Jesus, Ele estará ali. Aqui está relacionado justamente à disciplina. Quando nós executamos a disciplina, é como se o próprio Jesus a estivesse executando ali.
Aos que dizem que não podemos julgar, estes já estão julgando, pois estão emitindo um decreto de que é errado julgar e estão julgando como errado aquilo que está sendo dito. De fato, devemos julgar todas as coisas e reter o que é bom. Devemos julgar os frutos e assim conheceremos a árvore.
E quando diz respeito aos pregadores, o juízo é ainda maior. Caso o pregador erre ensinando uma multidão de forma errada, este deve ser repreendido diante da multidão para que esta não caia no erro do pregador.
Assim, o Pastor Scott Rodriguez fez certo em condenar os frutos (a falsa pregação focada em milagres e não em Cristo) de Dayna Muldoon diante de todos que a ouviam. Veja bem, ele não disse que ela vai para o inferno ou que merece a condenação de Deus, ele disse que o fruto que ela estava demonstrando não era de justiça e todos deviam tomar cuidado com isto. Ele termina dizendo que os ama e por isso estava fazendo aquilo.
Quando Jeremias chamou os profetas, que profetizavam que Israel voltaria logo do cativeiro na babilônia, de falsos profetas, isto ocorreu diante de todos e gerou uma grande indignação. Jeremias já não pode mais ficar no meio daquele povo porque senão seria morto.
Será que não estamos nos encontrando lutando contra Deus? Será que Deus está no meio da igreja operando, ou está batendo na porta esperando que alguém o ouça? Será que é Deus operando ou são falsos ensinamentos regados de milagres feitos por demônios?
Será que não devemos julgar?
Qual é a régua para julgarmos? A Bíblia Sagrada! Este é o nosso manual. Se não a conhecemos de capa a capa, e não nos fatigamos estudando-a diariamente, e com profunda devoção, seguiremos ventos de doutrina e cairemos em falsos ensinamentos.
Por Daniel Simoncelos
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