quarta-feira, 11 de abril de 2012
RAZÃO E EMOÇÃO
As pessoas, sob o ponto de vista de sua personalidade, de um modo em geral podem ser vistas como racionais ou emocionais. Isto não significa uma característica definitiva, mas uma predominância manifestada em seu comportamento face às circunstâncias da vida. Ou seja, algumas pessoas reagem de forma mais racional e outras de forma mais emocional; não havendo qualquer tipo de valoração positiva ou negativa em relação a estas; nem entre uma ou outra.
De um modo em geral, as pessoas racionais utilizam os argumentos lógicos como filtro para liberar suas às emoções. As pessoas mais emocionais utilizam os seus sentimentos como forma de racionalização.
Pessoas racionais consideram mais importante o que pensam. Pessoas emocionais consideram mais importante o que sentem.
Pessoas racionais refletem e agem. Pessoas emocionais sentem e agem.
Pessoas racionais expressam o que crêem de forma sistemática. Pessoas emocionais expressam o que crêem de forma sintomática. Pessoas racionais expressam de forma reservada suas emoções. Pessoas emocionais demonstram com facilidade suas emoções, expondo-as visivelmente. Pessoas racionais raramente choram, pessoas emocionais choram freqüentemente.
Pessoas racionais são como Natanael, conforme o relato do Evangelho de João 1.43-51, ou do discípulo Tomé, que necessitavam ver mais, ouvir mais e tocar para serem convencidos, para crerem; para não provocarem nenhum dolo, nenhuma insensatez.
Pessoas emocionais são como Pedro e André, que a um convite de Jesus largaram, imediatamente, tudo e o seguiram; são as que saem do barco para caminhar sobre as águas, sem refletir que, humanamente, isto é impossível.
Pessoas racionais são de difícil convencimento, e raramente seguem qualquer vento de doutrina. Pessoas emocionais machucam-se com mais facilidade, pois sua boa fé nem sempre lhes permite perceber o joio em meio ao trigo, ou o lobo entre as ovelhas.
Portanto, a alteridade de nossa natureza humana produz conseqüências gratificantes e dificuldades no convívio com as outras pessoas.
As pessoas racionais e emocionais fazem parte do Corpo. Este caráter metafísico de nossa natureza humana é necessário à Igreja. Em ambos há manifestação da Graça e do Espírito. Necessitamos constituir uma Eclésia onde as pessoas possam expressar com liberdade as suas (nossas) emoções, sem perder o senso crítico que nos faz entender que “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” (I Cor. 14.32).
A Igreja precisa de pessoas racionais e emocionais, e, estas, necessitam umas das outras para que o mundo possa desejar viver e compartilhar da boa, agradável e prefeita vontade de Deus.
Fonte: http://2re.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=9739
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