segunda-feira, 9 de abril de 2012
DEUS ONIPRESENTE (AGOSTINHO DE HIPONA)
E como haverei de invocar a meu Deus e Senhor? Porque se invoco será certamente para que venha a mim. Mas, será que lugar há em mim para que venha Deus, esse Deus que fez o céu e a terra? Santo Senhor, como pode haver em mim algo que te agrade? Porque em ti não podem conter, nem o céu nem a terra, que tu criaste, e eu nela me encontro, porque nela me criaste.
Porque sem ti não existiria nada que existe, o que existe não pode te conter, E eu existo! Por isso desejo que venha a mim, pois sem ti eu não existiria. Ainda não estive nos abismos, mas tu esteve lá. E eu não poderia ir se você não estivesse comigo. Ou para dizer melhor, eu não existiria se Tu não existisse, de quem tudo procede, por qual e pelo qual tudo existe.
Assim é Senhor, assim é, e como então invocar-te, se estou em ti? Como você poderia vir a mim se estás em mim? Para onde irei, para o céu ou para a terra, para que tu venha a mim, meu Senhor, pois Ele disse: Eu completo os céus e a terra?
Capítulo II de Las Confesiones, libro I, por San Agustín, traduzido por Carlos Reghine
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