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sábado, 30 de agosto de 2014

Você está triste?


"A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra".

Salmos 119.28

Todos nós temos tristezas em diferentes momentos da vida,infelizmente,ninguém viverá somente de alegrias em todos os momentos.A certeza que tenho,é que todos passamos por momentos de muita dificuldade,momentos em que a alma se amarga dentro de nós,e com todo nosso íntimo,imploramos,assim como o salmista,que Deus nos ouça e nos conforte.São várias as situações que podem nos deixar tristes,entre elas,destaco o luto,uma situação financeira difícil,relacionamentos conturbados,abandono,solidão,frustrações amorosas ou profissionais e etc.

Cada um de nós tem uma reação diferente quando abatido pela tristeza,geralmente nossas ações e pensamentos não são bons,até nos depararmos com a Palavra de Deus.O salmista,com toda a força de sua alma,implora a Deus que o fortaleça segundo a Palavra do Deus que ele confiara a sua vida,e não é diferente conosco,a mesma Palavra que o salmista tinha para seu conforto,nós também temos,é através dessa Palavra que conseguiremos forças,ânimo e alegria,através dela,o Senhor nos abraçará com todo seu amor,Graça e misericórdia.Isso pode não significar que fiquemos livre do problema,mas sim que seremos vitoriosos,mesmo em meio a ele.

Tão certo como a tristeza ainda baterá em nossas portas,sem pedir licença,tenho por convicção,que Cristo jamais nos desamparará,sempre estará pronto a nos ajudar.Ele,assim o fará,pois é o único que pode,por isso confiamos Nele,pois sabemos como é bom poder deixarmos tudo que somos nas mãos de Cristo,e ainda mais maravilhoso é vê-lo agindo.

"...portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força."

Neemias 8:10

Benny Hinn é um profeta de Deus?

Não há no mundo todo um conferencista (conferencista?) tão famoso quanto Benny Hinn. É ele um profeta de Deus, um pregador da Palavra? Ou um falso profeta, um animador e manipulador de auditórios? Suas pregações costumam ter conteúdo evangelístico? Enfocam o nome de Jesus? Como se sabe, o ponto alto de suas ministrações são algumas manifestações estranhas, que ocorrem, segundo ele, devido à “nova unção” que está sobre a sua vida.

As opiniões sobre a “nova unção” propagada por Hinn são divergentes. Alguns, afirmando que não se pode limitar o poder de Deus, a defendem com veemência. Outros consideram a cena de uma pessoa caída ao chão ou rolando pelo piso de um templo, no mínimo, grotesca. O assunto é polêmico e, por isso, deve ser abordado de maneira franca, objetiva e à luz da Palavra de Deus.

Benny Hinn e o “cair no Espírito”

As argumentações “bíblicas” para se defender o “cair no Espírito” são as seguintes, resumidamente: “Em Gênesis 2.21, Deus fez Adão dormir. Por que ele não faria, hoje, o crente dormir, ao ser cheio do poder? Da mesma forma, Abraão ouviu Deus falar quando estava em profundo sono (Gn 15.12). Finalmente, Daniel, Saulo e João caíram pelo poder do Senhor (Dn 10.8,9; At 9.4-8; Ap 1.17)”.

No primeiro exemplo, Deus fez Adão dormir para formar a mulher (Gn 2.22). No caso de Abraão, o sono não foi proveniente de Deus. Ele estava cansado, depois de ficar em pé aguardando uma resposta do Senhor, que veio por meio de uma tocha de fogo (Gn 15.13-21). Nenhum dos episódios, pois, fornece base para o “cair no Espírito”. Aliás, há também exemplos negativos, como o do dorminhoco Êutico (At 20.9), que inclusive estava em um culto...

As experiências de Daniel, Saulo e João também não proporcionam bons argumentos aos defensores da “nova unção”. Daniel contemplou uma grande visão, depois de jejuar durante três semanas (Dn 10.1-3). Paulo viu uma forte luz, que cegou os seus olhos (At 9.8,9). E João viu Jesus em sua glória (Ap 1.10-18). Nessas circunstâncias, seria mesmo impossível permanecer de pé. Mas eles não perderam a consciência, tampouco foram derrubados.

Eles caíram por não suportarem a glória do Senhor. Mas as suas quedas foram casos específicos, e não exemplares. Segue-se que os argumentos, baseados nos textos empregados para defender o “cair no Espírito”, são inconsistentes. E, por isso, é importante ver o outro lado da moeda.

Segundo a Bíblia, Deus nos quer de pé (Ez 2.1; 11.1; Mc 10.49; Ef 5.14). Em contraposição, quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus e seus apóstolos nunca impuseram as mãos sobre pessoas para levá-las ao chão.

A prática da “queda espiritual” já está ocorrendo em muitas igrejas. Curiosamente, alguns “ministradores” de tal prática, como este articulista já presenciou, seguram as pessoas com uma das mãos na testa e a outra na parte inferior das costas, tornando a queda inevitável. Ora, se a pessoa cai de poder, por que forçar a sua queda? E sempre há obreiros para ampará-las...

Em seu livro Evangélicos em Crise, Paulo Romeiro combate essa novidade: “O programa Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar uma reportagem no dia 16 de abril de 1995 em que mostrou o desenrolar de um culto na igreja Vineyard, de Toronto. As cenas foram grotescas. As pessoas riam histérica e descontroladamente enquanto rolavam no carpete. Um homem se arrastava pelo chão, urrando como um leão” (Mundo Cristão, p. 80).

Quanto ao “urro do leão” e à “unção do riso”, Romeiro esclarece: “Alguns citam Isaías 5.29 para defender o urro (...) Mas aqui é uma metáfora (...) As pessoas que usam Isaías 5.29 para defender o urro do leão usariam também Isaías 40.31, ‘sobem com asas como águias’, literalmente para tentar sair voando? (...) Para justificar a ‘unção do riso sagrado’, seus defensores citam Gênesis 18.12, em que Sara riu (...) Entretanto, esta passagem nada tem a ver com gargalhada santa. Além disso, Sara riu de incredulidade, uma atitude nada recomendável para o cristão” (idem, pp. 80,81).

Na verdade, tanto o “cair no Espírito” quanto a “unção do riso” são práticas importadas da América do Norte, especialmente dos EUA. Elas foram propagandeadas no Brasil por pregadores show-men (o plural de man é men) como Benny Hinn, recordista em vendagem de livros, que já esteve em terras brasileiras algumas vezes, “ministrando milagres” através de “sopros santos”. Hinn, pastor do Centro Cristão de Orlando, na Flórida (EUA), leva inúmeras pessoas a caírem ao chão supostamente pelo poder de Deus.

Conheça Benny Hinn

Muitos crentes, por não conhecerem toda a verdade acerca de Benny Hinn, consideram-no um verdadeiro deus. Os fatos descritos abaixo são duras realidades, mas devem ser levados em consideração por aqueles que, cegamente, têm seguido aos ensinamentos de Benny Hinn:

1) Ele declarou que Jesus “... assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”. Esta declaração blasfema é citada no excelente trabalho crítico de Hank Hanegraaff, Cristianismo em Crise, editado pela CPAD (p. 166).

2) Afirmou que o Espírito Santo lhe revelou que as mulheres foram originalmente criadas para dar à luz pelo lado. Todavia, por causa do pecado, passaram a dar à luz pela parte mais baixa de seu corpo (idem, p. 373).

3) Ensina que o homem é um pequeno deus. E afirmou: “Eu sou ‘um pequeno messias’ caminhando sobre a Terra” (idem, p. 119).

4) Afirmou que o homem, em princípio, voava da mesma forma que os pássaros. Segundo ele, Adão podia voar até à lua pela sua própria vontade: “Adão era um superser (...) costumava voar. Naturalmente, como poderia ter domínio sobre as aves, sem ser capaz de fazer o que elas fazem?” (idem, p. 128).

5) Hinn costuma visitar os túmulos de duas santas mulheres, Kathry Kuhlman e Aimee S. McPherson, para receber a “unção” que flui de seus ossos (idem, p. 373).

6) Em seu livro Good Morning, Holy Spirit (p. 56), Hinn afirma que, em uma de suas supostas conversas com o Espírito Santo, o Consolador teria implorado para que ele ficasse em sua presença: “Hinn, por favor, mais cinco minutos; apenas mais cinco minutos”.

7) Ele ensina que a Trindade é composta de nove pessoas, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem, cada um, espírito, alma e corpo (Cristianismo em Crise, p. 375).

8) Ao ser criticado, disse que gostaria de ter “uma arma do Espírito” para explodir a cabeça de seus críticos. Além disso, profere palavras funestas contra aqueles que refutam suas heresias. As ameaças abaixo, extraídas do livro supracitado (p. 376), foram dirigidas ao Instituto Cristão de Pesquisas dos EUA:

“Agora eu estou apontando meu dedo para vocês com o tremendo poder de Deus sobre mim... Ouçam isto! Existem homens e mulheres no sul da Califórnia me atacando. É sob a unção que lhes falo agora. Vocês colherão o que estão semeando em suas próprias crianças se não pararem... E seus filhos e filhas sofrerão” (...)
“Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá a sua mão. Não toqueis nos meus ungidos...”

9) Hinn concordou em tirar alguns erros do livro Good Morning, Holy Spirit (Bom Dia, Espírito Santo), depois de uma conversa com Hank Hanegraaff (presidente do ICP dos EUA), em 1990. No ano seguinte, admitiu seus erros e prometeu fazer alterações em seus escritos. Entretanto, depois de algumas semanas, retornou às suas velhas práticas (idem, p. 375).

10) Defendendo a teologia da prosperidade, a qual ensina que a pobreza é uma maldição, afirmou que Jó era carnal e mau (idem, p. 103), ignorando o enfático testemunho de Deus acerca de seu servo: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal”, Jó 1.8.

11) Defensor da falaciosa confissão positiva, declarou: “Nunca, jamais, em tempo algum, vão ao Senhor e digam: ‘Se for da tua vontade...’ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês”. (idem, p. 295). Hinn ignora o fato de o próprio Cristo ter ensinado e empregado tal forma de oração (Mt 6.10; 26.39).

Diante do exposto, é Benny Hinn um profeta de Deus? Antes de responder a essa pergunta, leia Mateus 7.15-23. Bem, agora é com você: reflita e responda, com toda sinceridade e imparcialidade, à pergunta em apreço.

Ciro Sanches Zibordi

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Deus conhece nossas carências

Reflexão em MT 9.1-8
1 E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama.
2 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.
3E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema.
4 Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações?
5 Pois, qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda?
6 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa.
7 E, levantando-se, foi para sua casa.
8 E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.
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Trouxeram um paralítico até Jesus, lá na cidade de Cafarnaum, desceram com cordas até ele, e quando ele olha para este paralítico, ele diz:
-Filho tem bom ânimo, os teus pecados estão perdoados. A multidão, que ali estava, se escandaliza e começa a dizer: quem pode perdoar pecados senão Deus?
“E Jesus, então, fala: Para que vocês saibam que o filho do homem tem na Terra poder para perdoar pecados, a ti te digo levanta, toma tua cama e vai”. E o paralítico saltou, e a multidão se maravilhou. E se maravilhou por quê?
Porque na lista de prioridade deles, perdoar pecados não era o principal. Mais importante era dizer ao paralítico, levanta e anda.
O que aprendemos com isto: Deus vê a nossa lista de prioridades diferente da maneira que nós vemos.
Existia naquele homem uma carência principal e, por mais gritante que fosse a outra, seu coração pedia que Deus resolvesse seus dilemas espirituais, aquilo que o afligia, que o torturavam e ele precisava ser liberto dessas questões.
Nós temos carências e Deus vê outras carências que talvez nem queiramos admitir.
Muitas vezes não contemplamos, materialmente, os cuidados de Deus em nossas vidas, isto não significa que Ele não tem cuidado de nos, dos corações aflitos, fazendo brotar a esperança e a fé dentro de cada um de nós.
Acredite o Senhor nosso Deus conhece todas as nossas necessidades.
Ele tem cuidado de sua vida.
(Heitor P.Junior)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Esperar para conquistar

Uma Reflexão em Atos 16.9-10
9 De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos.
10 E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho.
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Quando olho para este texto, eu fico a imaginar quais os ensinamentos que poderíamos levar para nossas vidas. O que está embutido nisto?
Paulo, um homem que se lançou a realizar a obra de Deus, a pregar o evangelho de Jesus, após ser impedido por duas vezes de seguir com seu projeto Evangelístico, entende que é o momento de parar e esperar. Estacionado na cidade de Troade, uma cidade portuária, nos limites da Ásia, em algum momento durante à noite, recebe um sinal, uma visão da parte de Deus que indicava a direção a ser tomada, e o texto diz que após compreenderem, tomaram caminho direito.
Ao chegar à Macedônia, atual Europa, rapidamente surgem os frutos de sua pregação. Lídia e toda sua família recebem o evangelho de Cristo, mas não é só isto, pela primeira vez, ao que tudo indica, a palavra salvadora de Jesus alcança Terras Europeias. É curioso, pois, fato semelhante a este aconteceu no século XVI, quando os Missionários Europeus levam a pregação das boas novas ao novo mundo, a América e, mais tarde, chegaria até nós.
O que nos chama a atenção é que Paulo,juntamente com seus companheiros, mesmo em meio às frustrações, às decepções, toma a iniciativa de parar e aguardar por uma direção e talvez ele se perguntasse, assim como um bom soldado faria: como iremos achar um caminho? Porque a todo o momento somos impedidos? Quando seguiremos rumo ao objetivo?
Então começo a perceber o que Deus, através deste texto, quer nos ensinar.
Ele nos ensina que há momentos na vida que se faz necessários parar e esperar por um sinal, uma indicação que nos possibilite recomeçar, optarmos por um caminho direito para nossas vidas. Porém, não é tão simples assim, em um mundo extremamente imediatista, onde tudo é para ontem, onde somos obrigados a acelerar em busca de nossos sonhos, em busca do sucesso profissional, em busca de êxito nas diversas áreas da vida.
Tudo acontece muito rápido e não conseguimos tempo nem para refletirmos acerca dos valores essenciais da vida. E quando nos damos por conta, escolhemos caminhos errados e nos decepcionamos, nos sentimos frustrados e o primeiro pensamento que nos veem é desistir.
Mas, ainda que a situação esteja difícil, se pararmos e buscarmos ter em nossas vidas a visão de Deus, certamente ele nos indicará um caminho.
Talvez não venhamos a realizar os feitos de Paulo ou dos Missionários Europeus, mas, tenho certeza que, se tivermos a visão de Deus em nossas vidas, Ele nos indicará o caminho para alcançar êxito em tudo que nos propormos a fazer. Ainda que as dificuldades tentem nos cegar, Deus sempre nos dará uma direção.
(Heitor P Junior)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Numa tarde de sol...

Vivenciei uma experiência interessante nesta quarta feira.

Fazia muito calor a tarde e resolvi deixar o escritório para espairecer um pouco.
Fui até a pracinha de Moema, onde funciona uma feirinha de artesanato. Após caminhar por alguns minutos sentindo o frescor produzido pelas sombras das árvores, um verdadeiro oásis naquele momento, adentrei a paróquia "Nossa Senhora Aparecida de Moema". Olhos agilmente corridos pelo templo, escolhi, mais ou menos ao meio, uma, dentre as 500 cadeiras de cor marfim com acentos de couro, bastante confortáveis. Passei a ler então o boletim que peguei na entrada e me inteirar da rotina daquela comunidade religiosa. Não demorou para me dar conta da grandeza do lugar. Observei atentamente toda a dimensão do local envolto num silêncio sereno em contraste com a inquietude de minha alma. A arquitetura da igreja é de estilo Romano, com belos vitrais e afrescos pintados pelo pintor italiano Bruno di Giusti. São 25 afrescos artisticamente distribuídos pelo corpo do templo. Um misto de paz com sensação de pequenez apoderou-se de mim ao passo que a catedral crescia imponente e suntuosa diante de meus olhos. Arrebatado por aquele momento sussurrei uma oração, de início tímida, mas que foi se alongando. Era como se estivesse de fato na Casa de Deus. Por um momento me senti abrigado dos barulhos exteriores, dos medos que me atormentam, das preocupações cotidianas. Minha oração não foi utilitaria como de costume. Não pedi nada de material, apenas me confessei diante de Deus. Reassumi meus pecados e a necessidade de me apegar mais aos valores do espírito. Na medida em que avançava na oração era como se me deslocasse no tempo até os dias dos personagens retratados naqueles afrescos, verdadeiros heróis da fé, que pagaram com suas vidas para que o Evangelho chegasse aos nossos dias. Lavei minha alma, por assim dizer. O tempo passou e ja me sentia bem melhor. No entanto, mau terminei minha oração e pensamentos conflituosos, de ímpeto me assaltaram, como se a trégua do inferno tivesse cessado...
O que eu, um cristão protestante, faço aqui???
O que está havendo comigo?
Como posso buscar o altíssimo rodeado de imagens de escultura tendo por testemunha todo um cenário católico apostólico romano???
Neste momento recordei que "Deus não habita em templos feitos por mãos humanas". Tomado de alívio tive uma convicção interior de que Deus não se limita pelos nossos preconceitos.
Deus habita sim, num alto e sublime trono, mas habita também com o que tem o coração contrito e assim eu estava.
Fui visitado por Deus porque me aquietei para ouvi-lo. Porque resolvi buscá-lo desesperadamente de onde eu estava, sem me dar tempo para arrazoar em cima de conceitos humanos.
Assim, fui retribuído com a paz que excede todo entendimento...
Difícil foi sair dali, deixar aquela atmosfera celestial, mas tive que sair, afinal a vida lá fora me aguardava. Ao chegar a porta, relutei...suspirei... e saí.

O silêncio se foi, mas a paz...
...ficou.

Fonte: http://devaneiosdopregador.blogspot.com.br/2009/09/numa-tarde-de-sol.html

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Você tem motivos para andar ansioso?

Fico maravilhado em observar as aves,como são grandes as variedades de cores,aparência,canto e etc.Não é a toa que as Escrituras são repletas de referências as elas.Entre as diversas citações,o Salmo 84 diz:
"Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu."
O salmista claramente expressava seu desejo de servir no templo de Deus,e conosco não é diferente,somos repletos dedesejos,sonhos,objetivos,e na maioria das vezes,somos tomados pela ansiedade de satisfazer nossas necessidades básicas.No entanto,ainda observando as aves,vemos que a providência de Deus é uma promessa em nossas vidas,Jesus claramente diz:
"Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?"
Mateus 6:26
Responda para si mesmo,baseado na declaração de Jesus,você ainda tem motivos para andar ansioso?
Eu não tenho mais,e você?

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Reflexões sobre a devoção... numa praça qualquer...

Por uma dessas contigências da vida, passei o final da tarde dessa sexta numa pracinha.
Meio sem ter o que fazer, tinha que esperar a hora passar...sentei-me num banco e fiquei observando o movimento a minha volta. Era uma bela praça, muito bem conservada e com pouco movimento, não obstante ser passagem de trabalhadores em final de expediente.
A poucos metros da lateral do banco em que estava, havia uma capelinha em tijolos aparente rodeada de vasos com flores e variados tipos de plantas. Imitava uma pequena catedral. No pináculo havia uma cruz vazia e no interior da capelinha, protegida por paredes de vidro , jazia a imagem da padroeira do Brasil.

Não é o tipo de cena que costuma compor o filme da minha vida. Já me incomodou muito, admito. Hoje não mais, ao contrário, procuro ver além das aparências e eventualmente sou brindado com grandes ensinamentos por proceder assim...e desta vez não foi diferente.
Não demorou para uma outra "imagem" roubar minha atenção.

Um senhor bastante humilde, aparentando uma certa idade montado numa bicicleta igualmente velha, abarrotada de quinquilharias, passou por mim e se deteve em frente a capela. Ali, sem fazer conta do casal que namorava num banco a sua frente poucos metros, prestou sua homenagem a santa.
Observando-o, fiquei imaginando o teor de suas súplicas. Que motivo o levaria a desviar de seu caminho habitual até aquele local sagrado, objeto de sua fé?
Uma região geográfica determinada como espaço cúltico não é invenção recente, aliás era um dos elementos de discórdia entre judeus que adoravam em Jerusalém, e samaritanos que preferiam o Monte Gerizim.

Por um momento aquela cena, além de me constranger, me diminiu. Percebi que minha devoção não se elevava a altura daquele homem. Vou na igreja em dias próprios, mas isso já faz parte da minha rotina. Não me é comum desviar do caminho habitual no dia a dia e me por a cultuar, por alguns instantes que seja. Meu culto pessoal geralmente é metódico e dificilmente se interpõe entre outros compromissos. Ou é de manhã bem cedo ou de noite bem tarde.
A fé daquele homem mexeu comigo. No caminho de casa, converteu aquela praça em seu santuário particular, alheio a tudo que se passava em volta. Nos poucos minutos que ali esteve sequestrou minha atenção e, como resgate, exigiu-me reflexão em profundidade quanto a qualidade de minha devoção.
Mas ainda tinha o que aprender sobre isso...
Eis que lá adiante vinham duas senhoras amparadas uma na outra. Seus semblantes destilavam serenidade e paz. Uma era mais idosa que a outra. Fiquei arrazoando se seriam irmãs, mãe e filha ou simplesmente amigas. Elas cruzaram a praça conversando, como se ha muito não se vissem, e entraram numa casa logo a frente.
Em poucos instantes as vejo retornando, agora com sacolas plásticas destas de mercado e uma vassoura de piaçava. Entram no cercado da capelinha e passam a faxinar o local.
Como conversavam aquelas duas senhoras!
Falam amigavelmente e amavelmente uma com a outra, enquanto podam rosas e recolhem folhas secas. Era nítida a alegria com que prestavam aquele serviço voluntário. Projetei-me no tempo num devaneio relâmpago e tentei ver-me na velhice...exercício vão...mas quando ela chegar, quero ser sereno assim, pensei.
Dado o serviço por concluído, como num movimento combinado, ambas silenciam e se voltam para a imagem além do vidro, sempre amparadas uma na outra...
devoção...
Nesse instante minha mente é de novo sequestrada, só que o resgate exigido é mais que reflexão. Me é requerido uma atitude.
Meus olhos umedecem e a lágrima escorre suave e fresca. A mensagem é clara como água pura e cristalina.
No protestantismo evangélico sou ensinado a crer num Deus invisível. Essa interação entre o visível e o invisível, entre o finito e o infinito requer o empenho de uma fé autêntica, de uma fé devota, por assim dizer. Não tenho uma imagem mediadora no interior de uma capelinha cercada de flores para cuidar e tornar tangível essa relação com o divino. Isso faz com que minha relação com Deus seja muita mais na base do receber do que de oferecer.
"Que darei eu a o Senhor por todos os benefícios que me tem feito?" Pergunta o salmista.
Como demonstrar ao Senhor minha gratidão de forma concreta e devota como aquelas senhoras ao objeto de sua fé?
A resposta eu encontrei em duas fontes que se complementam, no Evangelho e nas próprias senhoras que o vivenciam.
"Sempre que fizestes o bem a um destes pequeninos, a mim o fizeste", ensinou Jesus.
Após seu momento de prece elas saem do cercadinho da capela, ainda de braços dados, depositam as sacolas com lixo num cantinho e seguem de novo para a casa lá adiante. Meus olhos insistem em acompanhá-las.
Em questão de segundos vejo voltar apenas uma delas, a senhora mais nova. Ela pega as sacolas com lixo, a vassoura e com um aceno de cabeça passa por mim e esboça um sorriso contido, que é imediatamente retribuído desproporcionalmente ansioso.
Puz-me a refletir que a real devoção daquelas senhoras se manifestou no cuidado que tinham uma pela outra. A essa altura já sabia pela forma de tratamento que se dispensavam, não serem aparentadas, mas simplesmente amigas.
"Há amigo mais chegado que um irmão".
Não é assim que diz o provérbio?
O que o pregador apreendeu enquanto refletia naquela praça, tem a ver com o valor das pessoas.
Talvez não veja mais o homem da bicicleta e nem as duas simpáticas velhinhas, mas o que aquele encontro casual me proporcionou em termos de aprendizado é que...
... na expontaneidade em buscar a Deus e no exercício do amor, que se revela no cuidado com o próximo, reside a verdadeira devoção.
Marcello di Paola

Fonte: http://devaneiosdopregador.blogspot.com.br/2009/10/reflexoes-numa-praca-qualquer.html