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sábado, 7 de julho de 2012

Sou evangélica e meu marido me bate, posso me divorciar?



Sônia Regina Maurelli, diretora da casa Isabel, afirma que cerca de 90% das mulheres vítimas da violência doméstica são evangélicas. 

Nas dependências da Casa de Isabel, é fácil encontrar grupos de mulheres com a bíblia aberta, senhoras murmurando corinhos cristãos e até mesmo a música no rádio da recepção, tocando canções evangélicas.

A Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada. Como todos sabemos, muitas destas mulheres continuam se sujeitando a este tipo de relacionamento, fundamentado na premissa de que Deus odeia o divórcio (o que é verdade), e com isso acentuando distúrbios psicológicos, neurológicos e físicos em sua própria vida e filhos.

Sem a menor sombra de dúvidas o divórcio não é uma instituição divina e sim humana, até porque, ele brota de corações caídos e distantes de Deus. Além disso, é indispensável que também entendamos que existe um enorme abismo entre lutar por um casamento combalido a permanecer numa relação onde a esposa é constantemente violentada fisicamente.

O Apostolo Paulo em I Co 7:10-15 afirma que o cônjuge cristão PODE se divorciar deste que o seu marido incrédulo abandone o lar. Isto posto, acredito piamente que maridos que batem em suas esposas, há muito abandonaram seus lares, dando as suas mulheres condições de não somente se divorciarem como também a de contraírem novas núpcias.

O fato de alguns destes afirmarem ser cristãos, não os torna efetivamente crentes, até porque, os que agridem suas esposas, legitimam de que na verdade nunca conheceram a Cristo.

A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza no tempo certo lhes fará justiça.

Soli Deo Gloria!

Renato Vargens

2 comentários:

  1. Infelizmente, o sentimento de culpa impera nas vítimas e não conseguem denunciar o agressor à polícia. Baixa auto-estima e sentimento de menos-valia são complicados.

    O agressor deve ser sempre denunciado e devidamente punido.

    Nestes casos, o ideal seria o divórcio. Não existe respeito e nem amor nestas relações.

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  2. O casamento acaba quando um não tem compromisso, respeito e amor pelo outro. De nada adianta viver uma relação falsa e insatisfatória. É melhor divorciar-se.

    Nos casos mais graves em que há agressões e/ou adultério, também é aconselhável o divórcio.

    Alguns ficam acorrentados numa relação péssima por não conseguirem lidar com as perdas e seu próprio ''eu''. Vivem somente em função do relacionamento com o outro, por pior que seja. O desconhecido (a separação) é um fantasma mais assustador.

    Uma ressalva: são raros os casos em que as partes dispõe-se de fato a restaurar a relação.

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