Por uma dessas contigências da vida, passei o final da tarde dessa sexta numa pracinha.
Meio sem ter o que fazer, tinha que esperar a hora passar...sentei-me num banco e fiquei observando o movimento a minha volta. Era uma bela praça, muito bem conservada e com pouco movimento, não obstante ser passagem de trabalhadores em final de expediente.
A poucos metros da lateral do banco em que estava, havia uma capelinha em tijolos aparente rodeada de vasos com flores e variados tipos de plantas. Imitava uma pequena catedral. No pináculo havia uma cruz vazia e no interior da capelinha, protegida por paredes de vidro , jazia a imagem da padroeira do Brasil.
Não é o tipo de cena que costuma compor o filme da minha vida. Já me incomodou muito, admito. Hoje não mais, ao contrário, procuro ver além das aparências e eventualmente sou brindado com grandes ensinamentos por proceder assim...e desta vez não foi diferente.
Não demorou para uma outra "imagem" roubar minha atenção.
Um senhor bastante humilde, aparentando uma certa idade montado numa bicicleta igualmente velha, abarrotada de quinquilharias, passou por mim e se deteve em frente a capela. Ali, sem fazer conta do casal que namorava num banco a sua frente poucos metros, prestou sua homenagem a santa.
Observando-o, fiquei imaginando o teor de suas súplicas. Que motivo o levaria a desviar de seu caminho habitual até aquele local sagrado, objeto de sua fé?
Uma região geográfica determinada como espaço cúltico não é invenção recente, aliás era um dos elementos de discórdia entre judeus que adoravam em Jerusalém, e samaritanos que preferiam o Monte Gerizim.
Por um momento aquela cena, além de me constranger, me diminiu. Percebi que minha devoção não se elevava a altura daquele homem. Vou na igreja em dias próprios, mas isso já faz parte da minha rotina. Não me é comum desviar do caminho habitual no dia a dia e me por a cultuar, por alguns instantes que seja. Meu culto pessoal geralmente é metódico e dificilmente se interpõe entre outros compromissos. Ou é de manhã bem cedo ou de noite bem tarde.
A fé daquele homem mexeu comigo. No caminho de casa, converteu aquela praça em seu santuário particular, alheio a tudo que se passava em volta. Nos poucos minutos que ali esteve sequestrou minha atenção e, como resgate, exigiu-me reflexão em profundidade quanto a qualidade de minha devoção.
Mas ainda tinha o que aprender sobre isso...
Eis que lá adiante vinham duas senhoras amparadas uma na outra. Seus semblantes destilavam serenidade e paz. Uma era mais idosa que a outra. Fiquei arrazoando se seriam irmãs, mãe e filha ou simplesmente amigas. Elas cruzaram a praça conversando, como se ha muito não se vissem, e entraram numa casa logo a frente.
Em poucos instantes as vejo retornando, agora com sacolas plásticas destas de mercado e uma vassoura de piaçava. Entram no cercado da capelinha e passam a faxinar o local.
Como conversavam aquelas duas senhoras!
Falam amigavelmente e amavelmente uma com a outra, enquanto podam rosas e recolhem folhas secas. Era nítida a alegria com que prestavam aquele serviço voluntário. Projetei-me no tempo num devaneio relâmpago e tentei ver-me na velhice...exercício vão...mas quando ela chegar, quero ser sereno assim, pensei.
Dado o serviço por concluído, como num movimento combinado, ambas silenciam e se voltam para a imagem além do vidro, sempre amparadas uma na outra...
devoção...
Nesse instante minha mente é de novo sequestrada, só que o resgate exigido é mais que reflexão. Me é requerido uma atitude.
Meus olhos umedecem e a lágrima escorre suave e fresca. A mensagem é clara como água pura e cristalina.
No protestantismo evangélico sou ensinado a crer num Deus invisível. Essa interação entre o visível e o invisível, entre o finito e o infinito requer o empenho de uma fé autêntica, de uma fé devota, por assim dizer. Não tenho uma imagem mediadora no interior de uma capelinha cercada de flores para cuidar e tornar tangível essa relação com o divino. Isso faz com que minha relação com Deus seja muita mais na base do receber do que de oferecer.
"Que darei eu a o Senhor por todos os benefícios que me tem feito?" Pergunta o salmista.
Como demonstrar ao Senhor minha gratidão de forma concreta e devota como aquelas senhoras ao objeto de sua fé?
A resposta eu encontrei em duas fontes que se complementam, no Evangelho e nas próprias senhoras que o vivenciam.
"Sempre que fizestes o bem a um destes pequeninos, a mim o fizeste", ensinou Jesus.
Após seu momento de prece elas saem do cercadinho da capela, ainda de braços dados, depositam as sacolas com lixo num cantinho e seguem de novo para a casa lá adiante. Meus olhos insistem em acompanhá-las.
Em questão de segundos vejo voltar apenas uma delas, a senhora mais nova. Ela pega as sacolas com lixo, a vassoura e com um aceno de cabeça passa por mim e esboça um sorriso contido, que é imediatamente retribuído desproporcionalmente ansioso.
Puz-me a refletir que a real devoção daquelas senhoras se manifestou no cuidado que tinham uma pela outra. A essa altura já sabia pela forma de tratamento que se dispensavam, não serem aparentadas, mas simplesmente amigas.
"Há amigo mais chegado que um irmão".
Não é assim que diz o provérbio?
O que o pregador apreendeu enquanto refletia naquela praça, tem a ver com o valor das pessoas.
Talvez não veja mais o homem da bicicleta e nem as duas simpáticas velhinhas, mas o que aquele encontro casual me proporcionou em termos de aprendizado é que...
... na expontaneidade em buscar a Deus e no exercício do amor, que se revela no cuidado com o próximo, reside a verdadeira devoção.
Marcello di Paola
Fonte: http://devaneiosdopregador.blogspot.com.br/2009/10/reflexoes-numa-praca-qualquer.html
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Quem era o profeta Isaías?
Isaías era filho de Amoz. O Talmude afirma que Amoz, pai de Isaías era irmão do rei Uzias. Isaías profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). O nome Isaías significa “o Senhor salva”. O profeta era da mesma época de Amós, de Oséias e de Miquéias, e começou seu ministério em 740 a.C., ano em que morreu o rei Uzias (6).
Teria nascido por volta de 760 e vivido pelo menos até 681 a.C. De família nobre de Judá, Isaías era casado, e tinha no mínimo dois filhos: Sear-Jasube (7.3) e Maer-Shalai-Hash-Baz (8.3). É provável que tenha passado a maior parte de sua vida em Jerusalém, exercendo maior influência no reinado de Ezequias (37.1-20). A Isaías também é atribuído a composição da história do reinado de Uzias (2 Cr 26-22). Segundo uma tradição judaica Isaías foi serrado ao meio pelo rei iníquo Manassés.
CONTEXTO DA ÉPOCA
Isaías viveu no turbulento período assírio, presenciando o cativeiro do seu povo. Ambos os reinos (Norte/Israel e Sul/Judá), haviam experimentado poder e prosperidade. Israel governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, haviam aderido ao culto pagão; Judá, no período de Uzias, Jotão e Ezequias permaneceram em conformidade com a aliança mosaica, porém gradualmente, o rigor foi diminuindo causando um sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagão passaram a ser tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e falsos profetas buscavam agradar os homens (5.7-12, 18-23; 22.12-14). Tudo isso deixava claro e patente aos olhos do profeta Isaías que a aliança registrada por Moisés em Deuteronômio 30.11-20, havia sido inteiramente violada, portanto a sentença divina estava proferida, o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como era para Israel.
Isaías advertiu Judá de que seus pecados levariam a nação ao cativeiro babilônico. A visita dos enviados do rei da Babilônia a Ezequias armou o cenário para essa predição (39.1-6). Embora a queda de Jerusalém só viesse a ocorrer em 586 a.C., Isaías toma por certo a derrota de Judá e passa a predizer a volta do povo do cativeiro (40.2-3). Deus redimiria seu povo da Babilônia assim como redimiu do Egito. Isaías prediz a ascensão de Ciro, o persa, que uniria os medos e os persas e conquistaria a Babilônia (45.1).
Dois acontecimentos importantes servem de foco para os capítulos 1-39:
1. A invasão de Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III serve de pano de fundo para os capítulos 7-12. Essa foi a reação militar de Damasco (capital de Arã) e do Reino do Norte, Israel, contra o Reino do Sul, Judá. O motivo da agressão (a guerra siro-eframita, 735-732 a.C.), não é mencionada no texto. Contudo, é evidente que a ação foi considerada uma ameaça real contra a sobrevivência da monarquia davídica. A resposta de Acaz, rei de Judá, foi convocar a Assíria para manter a ordem na região, convite aceito por Tiglate-Pileser. Conseqüentemente, Damasco foi conquistada, seu povo deportado e toda a terra de Arã incorporada ao Império Assírio (732 a.C.). Partes do reino do Norte foram anexadas, e um novo rei colocado no trono. Vários anos depois, Israel rebelou-se novamente e foi totalmente dominada pelo Império Assírio, com a destruição da capital Samaria em 721. Esses acontecimentos, contudo, recebem pouca atenção no livro de Isaías.
2. A invasão de Judá pelo rei assírio Senaqueribe, em 701, resultou no envolvimento de Ezequias na coligação antiassíria. Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de Judá e, finalmente, o cerco de Jerusalém. Ao contrário do pai, Acaz, Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o exército assírio foi destruído.
Era um tempo de medo e incerteza política. Os assírios aterrorizavam a população do Antigo Oriente Médio com um programa agressivo de dominação. O país podia optar por ser vassalo, pagando um tributo anual e fornecendo tropas auxiliares aos assírios. Mas ao menor sinal de deslealdade resultava em reduções territoriais e maior controle assírio do governo, sem mencionar a cobrança mais pesada de impostos. Por trás de tudo isso havia a ameaça de deportação, com a perda da independência política.
A COMPOSIÇÃO DO LIVRO
Isaías é visto como o maior profeta do Velho Testamento. O livro é uma coleção de adágios proféticos e oráculos de Isaías, a voz profética predominante na turbulenta segunda metade do século VIII a.C. (740-700). Aqui se encontra parte da literatura hebraica por demais valiosa e conhecida por apresentação direta de fidedignidade e poder soberano do Deus de Israel. Muitas passagens do seu livro estão entre as mais formosas da literatura. Alguns eruditos modernos têm estudado sua profecia poética do mesmo modo que um botânico estuda as flores, examinando-as e analisando-as.
O uso deste método de estudo tem feito com que a beleza e a unidade do livro como as de uma rosa fiquem quase esquecidas, à medida que as diferentes partes são divididas a fim de serem examinadas. Aliás, a unidade de Isaías é tema de grande controvérsia. Pelo fato de o profeta ter vivido no século VIII a.C., alguns estudiosos têm dificuldade em aceitar que ele tenha identificado Ciro, o persa, nominalmente nos capítulos 44 e 45, pelo fato de Ciro ter entrado em cena apenas duzentos anos mais tarde. Mesmo para os que estão dispostos a aceitar o fenômeno sobrenatural da previsão do futuro, isso, muitas vezes, parece improvável quando comparado a outros oráculos.
No capítulo 44.28, Isaías escreveu: "Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado".
Em 45.1 "ASSIM diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão“.
O único outro exemplo no Antigo Testamento em que o nome da pessoa é dado antes de seu surgimento é a menção de Josias em 1 Reis 13.2 “E ele clamou contra o altar por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti”.
AS DÚVIDAS SOBRE A AUTORIA ÚNICA
Mesmo por meio de uma leitura descontraída de Isaías, podemos detectar uma grande mudança no capítulo 40. O estilo se torna mais poético e teórico. O tom se torna conciliatório em vez de condenador. Os oráculos de acusação e juízo, que compunham a maior parte dos primeiros 39 capítulos se tornam bem mais raros. A situação histórica parece ter mudado dramaticamente. O povo mencionado está no exílio, não na Judá do século VIII. À luz de tais observações, pode-se entender facilmente por que alguns eruditos não conseguem atribuir o livro inteiro a um único autor do século VIII.
É comum os estudiosos insistirem na existência de pelo menos dois autores diferentes para o livro, separados por no mínimo 150 anos. Normalmente fazem referência a um "deutero-Isaías" hipotético e, muitas vezes até três autores nos capítulos 40 a 66, que teriam escrito nos séculos VI e V a.C.
Mas apesar de muitos estudiosos duvidarem que Isaías tenha sido o autor de todo o livro que leva seu nome, somente o nome dele está vinculado à obra. O argumento mais forte a favor da unidade do livro de Isaías é a expressão “o Santo de Israel” como título de Deus que ocorre 12 vezes nos capítulos de 1 a 39 e 14 vezes nos capítulos 40 a 66. Fora de Isaías, aparece apenas 6 vezes no Antigo Testamento. Existem outros paralelos verbais notáveis entre os capítulos 1 a 39 e os capítulos de 40 a 66.
O testemunho do livro em si certamente insiste na realidade da profecia sobrenatural voltada para o futuro. A justificação da soberania divina em Isaías 40 a 48 se baseia na capacidade do Senhor de prever o que fará e desafiar os ídolos a fazerem o mesmo. Portanto o foco no futuro que permeia essa parte não pode ser facilmente neutralizado. A menção de Ciro se dá no ápice de uma composição poética muito bem estruturada (44.24-28) e não pode ser ingenuamente eliminada como se fosse algo supérfluo. Além disso a evidência de que o livro de Reis, concluído até a metade do exílio, usou o livro completo de Isaías como fonte favorece a data pré-exílica para a composição do livro do profeta.
Para quem não aceita as afirmações de Jesus como referências literárias, ou declarações de autoria, o Novo Testamento reivindica que Isaías seja considerado o profeta desses oráculos para Israel, pois é, no mínimo, considerado sua fonte. Isso não implica que Isaías os tenha registrado, mas indica que a composição representa fielmente o que ele declarou.
CONTROVÉRSIAS
Há muitas controvérsias relativas à natureza dos capítulos de 1 a 5, já que a comissão formal de Isaías é narrada no capítulo 6. Alguns alegam que o trecho de 1 a 5 contém oráculos anteriores à visão de Isaías no ano da morte de Uzias. Outros acreditam que os cinco capítulos servem de introdução ao livro pela seleção de oráculos de diversos períodos do ministério do profeta. Quer tenha sido compilado, quer seja antigo, esse material serve de introdução adequada ao livro e a seus temas. Muitos oráculos de acusação provém dessa parte.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Isaías contém prosa e poesia; a beleza de sua poesia é insuperada no restante do Antigo Testamento. O trecho principal em prosa acha-se nos capítulos 36 a 39, no interlúdio histórico que une as duas partes do livro. O material poético inclui uma série de sentenças nos capítulos 13 a 23. Um cântico de motejo contra o rei da Babilônia acha-se em 14.4-23. Os capítulos 24 a 27 formam uma seção apocalíptica que ressalta os últimos dias. Um poema sapiencial acha-se em 28.23-29. O cântico da vinha (5.1-7) começa com cântico de amor, no qual Isaías retrata o relacionamento entre Deus e Israel. Hinos de louvor aparecem em 12.1-6 e 38.10-20, e temos um lamento nacional em 63.7 - 64.12. A poesia é realmente rica e variada, da mesma forma que o vocabulário do profeta supera qualquer outro escritor do Antigo Testamento.
Uma das técnicas prediletas de Isaías é a personificação. O sol e a lua sentem vergonha (24.23), ao passo que o deserto e a terra ressequida se regozijam (35.1) e as montanhas e florestas irrompem em cânticos (44.23). As árvores “baterão palmas” (55.12). Uma figura de linguagem predileta é a vinha, que representa Israel (5.7). Pisar o lagar é retrato do juízo (63.3), e beber o cálice da ira de Deus é cambalear debaixo do seu castigo (51.17). Isaías emprega o nome “Rocha” em referencia a Deus (17.10). O poder da linguagem figurada de Isaías vê-se em 30.27-33, e o profeta faz pleno uso da ironia ao condenar os ídolos em 44. 9-20. Exemplo notável de jogo de palavras temos como aliteração e assonância em 24.17. A calamidade destruidora de 28.15,18 é no original um exemplo de metáfora mista.
Isaías muitas vezes alude a acontecimentos anteriores da história de Israel, sobretudo ao êxodo do Egito. A travessia no mar Vermelho serve de cenário de 11.15 e de 43.2,16, 17, e outras alusões ocorrem em 4.5,6; 31.5 e 37.36. A destruição de Sodoma e Gomorra é mencionada em 1.9, e a vitória de Gideão contra Midiã é mencionada em 9.4 e em 10.26. Várias vezes Isaías aproveita o cântico de Moisés de Dt 32. Isaías da mesma forma que Moisés, conclama a nação ao arrependimento e a fé num Deus santo e Todo-poderoso (49.8).
Ao todo, existem em Isaías pelo menos 25 palavras ou formas hebraicas que não aparecem em nenhum outro escrito profético.
TEMAS E TEOLOGIA
Isaías é um livro que desvenda as plenas dimensões do juízo e da salvação divina. Deus é o Santo de Israel que deveria castigar seu povo rebelde, mas posteriormente o remirá. Israel é nação cega e surda (6.9,10; 42.7), vinha que será pisoteada (5.1-7), povo destituído de retidão (5.7; 10.1-2). O juízo terrível que será desencadeado contra Israel e todas as nações que desafiam a Deus é chamado “dia do Senhor”.
Deus, porém, terá compaixão de seu povo (14.1,2) e o livrará da opressão tanto política quanto espiritual. Sua restauração é semelhante a um novo êxodo (43.2,16-19; 52. 10-12) quando Deus o redimir e o salvar. O poderoso Criador de Israel (40.21,22; 48.13) fará ribeiros brotar no deserto (32.2) quando por graça levar o povo de volta a pátria. O tema de uma estrada para a volta dos exilados ganha destaque nas duas partes principais do livro. O Senhor levanta um estandarte para conclamar as nações a trazer Israel para casa.
Isaías serviu a Deus desempenhando o papel de promotor de justiça da aliança. Sua mensagem é constituída de acusações, condenações e julgamentos, pois ele declara a maldição de Deus sobre Israel, Judá e as nações (1.2-31; 13 – 23; 56 – 57; 65). O relato autobiográfico de Isaías do seu chamado para tornar-se um mensageiro da corte celestial do Senhor encontra-se no capítulo 6. Quando Isaías foi convocado a representar a corte celeste junto à corte terrena de Jerusalém, ele descobriu que Deus não o estava enviando para salvar Israel, mas para endurecer seus corações impenitentes (6.9-10). Isaías devia apresentar ao povo a acusação do Senhor de que eles eram infiéis e rebeldes (1.2-3; 31.1-3; 57.3-10). O povo de Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho, sarcasmo e egoísmo. Eles haviam perdido a perspectiva de justiça, de amor e de paz, características do Reino de Deus e tentaram estabelecer seu próprio reino. O profeta também desempenha o papel de advogado. Ele exorta os piedosos a buscarem ao Senhor, a aguardarem o seu Reino, a experimentarem eles mesmo a paz de Deus e a responderem com fé aos novos atos divinos de redenção. A aliança do Senhor termina com bênçãos sobre Israel, não maldições (Dt 30.1-10). Ao final um remanescente piedoso sobreviverá ao julgamento.
A primeira parte do livro, capítulos de 1 a 35, enfoca o julgamento de Deus sobre Israel através da Assíria; a segunda, capítulos 40 a 66, o retorno do remanescente do exílio na Babilônia e sua libertação final no futuro distante. A segunda parte com a primeira inicia-se com uma visão da corte celestial. Isaías ouve furtivamente Deus enviando mensageiros para anunciar que o castigo já foi pago e que por isso terá fim (40.1-18). A visão que Isaías tem do Reino de Deus é grandiosa, pois inclui a história da redenção desde os seus dias até alcançar a plenitude da salvação. Ela abarca do exílio, a volta dos judeus do exílio, a missão, o ministério e o Reino de Jesus Cristo, a missão e a esperança da Igreja, o governo atual de Jesus sobre este mundo e a restauração de todas as coisas em santidade e justiça.
Isaías era mestre em sua língua e utilizou imagens e vocabulários muito ricos. Muitas das palavras e expressões de que faz uso não são encontradas em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. As imagens retóricas em seu livro mostram que ele conhecia as tragédias da guerra (63.1-6), as injustiças da alta sociedade (3.1-17) e os fracassos da agricultura (5.1-7).
Isaías era um pregador de talento. Através de sua imaginação poética e estilo retórico, ele expôs a loucura de fiar-se nas estruturas humanas em contraste com a sabedoria de confiar no Reino de Deus. Embora os infiéis sejam insensíveis ao Senhor (6.10), os oráculos proféticos de Isaías levam os piedosos a responderem a Deus com reverência e louvor.
Isaías conclama o povo a abandonar a vida de pecado e ao mesmo tempo escapar do julgamento e da punição futura como castigos divinos. Sua mensagem se destina a Judá, Israel e às nações pagãs vizinhas. Contém vários oráculos ou mensagens constituídas de acusações, condenações, julgamentos e também de consolação, e ainda algumas passagens apocalípticas, tudo escrito num estilo nobre e clássico. O profeta foi cauteloso em mostrar que o juízo de Deus revela não sua arbitrariedade, mas sua justiça. Devido a idolatria e a imoralidade, o povo de Deus havia se tornado como as demais nações em seu orgulho e egoísmo. Por outro lado o livro está repleto de promessas de restauração, do advento do Messias, de salvação para todas as nações e do triunfo dos propósitos de Deus.
PARTICULARIDADES DE ISAÍAS
SANTO DE ISRAEL
O título de Deus usado quase exclusivamente por Isaías no Antigo Testamento é o “Santo de Israel”. Ele não só demonstra a ênfase de Isaías à santidade do Senhor, mas também reflete a preocupação do livro com a gravidade das ofensas de Israel contra Deus.
REDENTOR
Outra característica de Isaías é o fato de Javé ser o Redentor de Israel. Esse título para Javé só é usado quatro vezes em outros livros; todavia, ele é utilizado mais de dez vezes no livro de Isaías.
ESCATOLOGIA
A escatologia (estudo da parte final do programa de Deus) encontrada em Isaías é a escatologia do Reino. Com isso, queremos dizer que a ênfase está no reino futuro de Israel, retratado como o reino centrado em Jerusalém. Paz e prosperidade abundantes, e todo o mundo ria a Jerusalém para se encher de espanto e ser instruído. A adoração adequada e a centralidade da lei são características significativas do reino. Um descendente de Jessé se assentará no trono; esse aspecto do reino, todavia, não é um destaque em Isaías. A ênfase é dada ao fato de que Javé reinará (24.23; 33.22; 43.15; 46.6) e será o orgulho do remanescente de Judá e a glória de Jerusalém.
O MESSIAS
A paz e a segurança marcam a era messiânica. Um rei descendente de Davi reinará com justiça e todas as nações afluíram ao santo monte de Jerusalém (2.2-4). O povo de Deus já não será oprimido por governantes ímpios e Jerusalém será verdadeiramente a “cidade do Senhor” (60.14).
O Senhor chama o Rei Messiânico de “meu servo” nos capítulos de 42 a 53, termo também aplicado a Israel como nação (41.8,9; 42.1). É através do sofrimento do Servo que a salvação, em sentido mais pleno, é lavada a efeito. Ciro era o instrumento de Deus para livrar Israel da Babilônia, mas Cristo livrará a humanidade da prisão do pecado (52.13 – 53.12). Tornou-se luz para os gentios (42.6), a fim de que as nações condenadas ao juízo (cap. 13 a 23) pudessem achar a salvação (55.4,5).
O Reino do Senhor na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos, é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A terra restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o ideal divino, e tudo resultará no louvor e na glória do Santo de Israel, por causa do que Ele tem realizado.
ESFERA DE AÇÃO
Tudo indica que ele escreveu seu livro durante os reinado de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, e a parte final do seu livro (capítulos 40 a 66) durante o reinado do tirano Manassés. Portanto, os acontecimentos históricos registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 60 anos.
Palavra Chave: salvação
ESBOÇO DE ISAÍAS
I. Profecia de denúncia e convite ( parte I) 1.1-35.10ESBOÇO DE ISAÍAS
Mensagem de Julgamento e promessas 1.1-6.13
Mensagem concernentes ao Emanuel 7.1-12.6
Mensagem de Julgamento sobre as nações 13.1-24.23
Mensagem de Julgamento, louvor, promessa 25.1-27.13
Os infortúnios dos descrentes imorais em Israel 28.1– 33.24
Resumo 34.1-35.10
II. O procedimento de Deus com Ezequias 36.1-39.8
Deus liberta Judá 36.1-37.38
Deus cura Ezequias 38.1-22
Deus censura Ezequias 39.1-8
III. Profecia de consolo e paz (parte II) 40.1-66.24
A garantia de consolo e paz 40.1-48.22
O Servo do Senhor, o Autor do consolo e da paz 49.1-57.21
A realização do consolo e da paz 58.1-66.24
FONTES DE PESQUISA:
Panorama do Antigo Testamento - Editora Vida;
Bíblia Thompson - Editora Vida
Bíblia de Estudo NVI - Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra - Editora Cultura Cristã
Módulo I de Teologia da FTB - Editora Betesda
Bíblia Plenitude
Bíblia Plenitude
sábado, 16 de agosto de 2014
5 das primeiras seitas cristãs mais estranhas que já existiram
Nos dois primeiros séculos da era cristã, o Novo Testamento ainda não havia sido finalizado e a declaração definitiva de crença ortodoxa, o Credo Niceno, ainda estava longe de acontecer.
O mundo romano foi o lar de muitas seitas rotuladas como "cristãs", mas que tinham doutrinas muito diferentes. Se você acha que algumas religiões cristãs modernas são confusas, elas vão parecer extremamente simples perto dessas que você verá a seguir.
5 – Os Simonianos
Os Simonianos tinham esse nome, pois eram seguidores de Simão, o Mago, um personagem bíblico que foi repreendido pelo apóstolo Pedro (At. 8, 9-24) em Samaria. O texto bíblico narra o episódio em que Simão tenta comprar dos apóstolos o poder de operar milagres.
Tal ato, considerado pecaminoso pela teologia cristã, foi denominado de simonia (ato de Simão), termo que define especificamente o comércio ou tráfico de coisas sagradas e espirituais, tais como sacramentos, dignidades, indulgências e benefícios eclesiásticos.
De acordo com o bispo Irineu de Lyon, Simão seria o pai de todos os hereges. Simão contou uma história na qual o primeiro pensamento (ou concepção) feminino de Deus, chamado Ennoia, foi para os mundos inferiores para criar anjos. Infelizmente, os anjos se rebelaram contra ela e ela foi aprisionada no corpo de uma mulher. Segundo Simão, ela habitava um corpo através de sucessivas reencarnações, sendo que um deles foi Helena de Tróia.
A história conta que Deus finalmente desceu a Terra como Simão o Mago, a fim de resgatá-la, quando encontrou sua mais recente encarnação, também chamada Helena, trabalhando como prostituta na cidade fenícia de Tiro. Foi quando em forma humana que Deus/Simão pregou contra os anjos rebeldes que criaram o mundo.
Há indícios nos escritos de Simão que ele também se identificou como o Cristo, que sofreu na Judéia. Ele ensinou que as pessoas que se voltavam para ele e Helena (que foi identificada como o Espírito Santo) seriam salvas pela graça, não pelas obras.
Os simonianos foram acusados de usar mágica, encantamentos, poções do amor e, de maneira geral, de viver vidas muito desordenadas e imorais. O bispo Eusébio de Cesareia (265 a 339 d.C.) afirmou que o simonianismo era a mais imoral e depravada seita do mundo. De modo geral, dizia-se que eles não acreditavam que nada em si era bom ou mau por natureza: não eram boas obras que faziam dos homens santos no próximo mundo, mas a graça impingida por Simão e Helena naqueles que os seguiam
4 – Os Montanistas
O Montanismo foi um movimento cristão fundado por Montano por volta de 156-157 d.C., que se organizou e difundiu em comunidades na Ásia Menor, em Roma e no Norte de África. Por ter se originado na região da Frígia, Eusébio de Cesareia relata em sua História Eclesiástica (V.14-16) que ela era chamada de Heresia Frígia na época.
O movimento era um antigo precursor do pentecostalismo moderno, com sua ênfase na profetização em transe e no ato de falar sob o suposto domínio do Espírito Santo. Montano foi um sacerdote do culto pagão de Átis e Cibele, que tinha uma tradição de comportamento profético entre suas sacerdotisas.
Enquanto o movimento não diferiu muito das crenças da Igreja Católica proto-ortodoxas, houve desvios significativos em relação à doutrina. Por um lado, Montano permitia mulheres em posições de destaque na seita, como bispos, presbíteros e diáconos. Suas duas principais eram as profetisas Maximila e Priscila, que afirmavam que o Espírito Santo falava através delas.
Montano afirmava possuir o dom da profecia e que havia sido enviado por Jesus Cristo para inaugurar a era do Paráclito. Durante os supostos “transes” das profetisas, elas anunciavam o fim iminente do mundo, conclamando os cristãos a reunirem-se na cidade de Pepusa, na Frígia, onde surgiria a Jerusalém celeste, uma vez que uma nova era cristã se iniciava com esta nova revelação divina.
O seu adepto mais famoso foi Tertuliano (c. 170-212), um dos primeiros doutores da Igreja, autor de inúmeras obras em defesa da Cristandade. Em torno de 210, insatisfeito com o pensamento cristão e suas práticas, uniu-se ao Montanismo, sendo considerado herético.
As perseguições à igreja aumentaram sensivelmente durante o governo do imperador Constantino I, que contra ela expediu severos decretos imperiais. O movimento perdurou, entretanto, até ao século VIII.
3 – Marcionismo
A teologia de Marcião de Sinope, chamada marcionismo, propunha dois deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento, e foi denunciada pelos Santos Padres e ele foi excomungado. Outra teoria também diz que ele teria sido expulso da igreja por "seduzir uma virgem", mas essa acusação pode ser apenas parte do trabalho que seus inimigos lançaram contra ele.
Segundo o teólogo Hipólito de Roma, Marcião era filho de um bispo na cidade de Sinope, na província romana do Ponto (atualmente na Turquia). O que se sabe é que ele chegou a Roma e começou a ensinar suas doutrinas, atraindo um grande número de seguidores e ameaçando a própria existência da recente Igreja Romana. O Bispo Policarpo de Esmirna o chamou de “primogênito de Satanás".
Marcião afirmava que Jesus Cristo era o salvador enviado por Deus Pai, com Paulo como seu principal apóstolo. Ao contrário da nascente igreja, Marcião declarava que o Cristianismo era distinto e oposto ao Judaísmo.
Além disso, contrário ao que muitos acreditam, Marcião não afirmou que a Bíblia e as escrituras judaicas eram falsas. Ele acreditava e argumentava que ela deveria ser lida de maneira absolutamente literal, provando assim que o Deus judeu Yahweh não era o mesmo a quem Jesus se referia.
Obviamente, ele rejeitou os escritos judaicos (o que viria a ser o Antigo Testamento), bem como, compilou um novo cânone dos livros sagrados. Para este fim, ele produziu um "Evangelho" (uma versão inicial do Evangelho de Lucas) e recolheu as epístolas de Paulo , introduzindo assim a ideia de um Testamento "Novo".
Ele considerava que Paulo foi o único apóstolo a entender verdadeiramente a mensagem de Jesus. Marcião proibia o casamento e pediu o celibato de seus seguidores (mesmo os casados), uma vez que trazer mais crianças para o mundo significava trazer mais pessoas para o “cativeiro” de Yahweh.
2– Carpocracianismo
Enquanto os seguidores do marcionismo praticavam extremo celibato, a seita liderada por Carpócrates de Alexandria foi acusada de intensa libertinagem.
Os carpocracianos acreditavam na reencarnação e o bispo Irineu de Lyon disse que os membros do grupo foram encorajados a experimentar tudo o que havia na vida. Dessa forma, eles não teriam de reencarnar para experimentar o que tinham perdido, incluindo todas as formas de imoralidade.
Irineu poderia estar exagerando em suas declarações sobre a seita, mas os carpocracianos de fato se orgulhavam de estarem acima de todas as leis morais, tendo transcendido a esfera material e as convenções humanas.
A notoriedade dos carpocracianos foi reacendida no século 20 com a descoberta do Evangelho Secreto de Marcos, uma versão supostamente mais espiritual dela. O documento foi mencionado por Clemente de Alexandria, que acusou os carpocracianos de falsificá-lo para apoiar a sua libertinagem.
O Evangelho Secreto acabou por incluir uma cena em que um Jesus nu dá instruções a outro homem nu, sugerindo um encontro homossexual, que foi usado pelos carpocracianos para justificar um estilo de vida gay para uma sociedade muito menos tolerante do que a nossa.
1 – Valentinianos
Valentino era um professor muito popular e influente. Depois de perder a eleição como Papa, ele montou sua própria religião. Valentino acreditava em um ser fundamental andrógino: seu aspecto masculino Profundo, e seu aspecto feminino Silêncio, a partir do qual pares de outros seres emanavam. Quinze pares acabaram sendo formadas, totalizando 30, chamados Aeons (eternos).
A última Aeon, Sophia, caiu na ignorância e foi separada de seu consorte, e isso resultou na criação material e todos os seus males. Ela foi dividida em duas: sua parte superior retornou ao seu consorte, enquanto sua parte inferior se tornou presa neste mundo físico.
O conceito todo Valentiniano da salvação estava no resgate de Sophia pelo Filho, ou Salvador, em quem todos os Aeons são integrados. A doutrina de Valentino vai além em suas insanidades e isso tudo veio de alguém que quase se tornou um Papa.
Fonte:megacurioso.com.br
Fragilidade da vida humana
Meditando na fragilidade e instabilidade da vida humana,principalmente em decorrência da morte de Eduardo Campos,me veio esse texto a mente:
"Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isso ou aquilo" (Tiago 4.13-15)
Nada iguala mais aos homens do que a morte,com ela se vão sonhos,projetos,conquistas,intentos e etc.Cedo ou tarde,todos nós a encararemos de frente,e a forma como a encararemos depende totalmente do que temos semeado aqui.Tiago,irmão de Jesus,sabia quem era o responsável por seu folego de vida,sabia também que somente se o Senhor quisesse ele viveria e ainda poderia propor novos projetos.
Você tem feito planos? Tem consciência de que pode não vê-los realizados? Além de ter feito planos e ter tido tal consciência,diz no íntimo de seu ser "Se o Senhor quiser..."?
A verdade áurea dessa reflexão é que Tiago tem toda razão,somos realmente como neblina,podemos nos dissipar em instantes,mas lembremo-nos,até mesmo na mais séria adversidade,que somente se o Senhor quiser,sucumbiremos,somente se o Senhor quiser,teremos alegria,somente se o Senhor quiser...viveremos e faremos isso ou aquilo.
Como filhos,que tem como propósito somente glorificar ao Pai,temos em Jesus o maior exemplo a ser seguido,"se possível for,afasta de mim esse cálice,todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas 22:42
sábado, 2 de agosto de 2014
O Deus conosco
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
Mateus 1:23
A vida se apresenta diante de cada um de nós como um grande desafio.Passada a beleza da infância,com suas brincadeiras,vislumbres e sonhos alcançáveis,(na mente de uma criança tudo é possível) a vida começa,em seu decurso,mostrar quão difícil é crescer e ter que se tornar um adulto.Os compromissos começam a nos sufocar,os estudos tornam-se obrigação,tudo por uma vaga em um mercado de trabalho cada vez mais escasso e competitivo.O casamento nos trás a concepção de família,surgem os filhos,obrigações ainda maiores permeiam nossas vidas,e em meio a tudo isso,não é difícil ver aqueles que sucumbem em meio a tanta responsabilidade que lhes são impostas,afinal,segundo os padrões do capitalismo atual,só pode ser bem sucedido aquele que conquista e desbrava,ou seja,empreende.Tudo parece caminhar para um ciclo sem fim,onde o fim,se chega somente para aquele que não alcança o status quo social.
Quando Cristo,o Deus conosco,maravilhosamente se chega a nós,Ele não nos promete que a vida seria fácil,pelo contrário,nos diz que teríamos aflições,mas que teríamos Nele o exemplo de como vencer o mundo.De fato,todos sentimos isso na pele,as pressões da vida moderna não nos abandonam,somos afligidos financeiramente,psicologicamente,em nossa saúde,em família e em tantos outros meios,que ficaria difícil enumerar todos os pontos,mas a promessa do cuidado Divino permanece,desde a profecia anunciada por Isaías, (Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.Isaías 7:14) dando-nos consolo e esperança de que o Emanuel se faz presente em nossas vidas,não nos desampara,e nos guia mesmo em vales e sombras,podemos através da concretização do nascimento do Emanuel,de sua obediência e sacrifício expiatório,e principalmente,sua ressurreição,ter plena confiança nas palavras do Ressurreto que nos disse:
Quando Cristo,o Deus conosco,maravilhosamente se chega a nós,Ele não nos promete que a vida seria fácil,pelo contrário,nos diz que teríamos aflições,mas que teríamos Nele o exemplo de como vencer o mundo.De fato,todos sentimos isso na pele,as pressões da vida moderna não nos abandonam,somos afligidos financeiramente,psicologicamente,em nossa saúde,em família e em tantos outros meios,que ficaria difícil enumerar todos os pontos,mas a promessa do cuidado Divino permanece,desde a profecia anunciada por Isaías, (Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.Isaías 7:14) dando-nos consolo e esperança de que o Emanuel se faz presente em nossas vidas,não nos desampara,e nos guia mesmo em vales e sombras,podemos através da concretização do nascimento do Emanuel,de sua obediência e sacrifício expiatório,e principalmente,sua ressurreição,ter plena confiança nas palavras do Ressurreto que nos disse:
eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
Mateus 28:20
Ele se faz presente,e essa promessa,é nossa maior certeza de que não sucumbiremos,pois Ele está conosco
Deus em Cristo nos abençoe,para a glória de seu poderoso nome.
sábado, 12 de outubro de 2013
O que é a Teologia da Libertação?
Em termos simples, a Teologia da Libertação
é uma tentativa de interpretar a Escritura através do sofrimento dos
pobres. É em grande parte uma doutrina humanista. Tudo começou na
América do Sul, na turbulenta década de 1950, quando o marxismo estava
fazendo grandes ganhos entre os pobres por causa de sua ênfase na
redistribuição da riqueza, permitindo que os camponeses pobres
participassem da riqueza da elite colonial e, assim, melhorasse a sua
situação econômica na vida. Como uma teologia, tem raízes católicas
romanas muito fortes.
A Teologia da Libertação foi reforçada em 1968 na Segunda Conferência dos Bispos da América Latina, a qual se reuniu em Medellín, na Colômbia. A ideia era estudar a Bíblia e lutar por justiça social nas comunidades cristãs (católicas). Já que o único modelo governamental para a redistribuição da riqueza em um país da América do Sul era um modelo marxista, a redistribuição da riqueza para elevar os padrões econômicos dos pobres na América do Sul assumiu um sabor definitivamente marxista. Já que aqueles que tinham dinheiro eram muito relutantes em separar-se dele em qualquer modelo de redistribuição de riqueza, o uso de uma revolta populista (ou seja, dos pobres) foi incentivada por aqueles que trabalhavam mais perto dos pobres. Como resultado, o modelo de Teologia da Libertação estava atolada no dogma marxista e em causas revolucionárias.
Como resultado de suas tendências marxistas, a Teologia da Libertação, como praticada pelos bispos e sacerdotes da América do Sul, foi criticada em 1980 pela hierarquia católica, do Papa João Paulo pra baixo. A hierarquia mais alta da Igreja Católica acusou os teólogos da libertação de apoiar revoluções violentas e luta de classes definitivamente marxista. Esta perversão é geralmente o resultado de uma visão humanista do homem sendo codificada na Doutrina da Igreja por sacerdotes e bispos zelosos e explica por que a hierarquia católica agora quer se separar da doutrina e revolução marxista.
No entanto, a Teologia da Libertação se mudou dos camponeses pobres da América do Sul aos negros pobres na América do Norte. Temos agora a Teologia da Libertação Negra sendo pregada na comunidade negra. É a mesma filosofia humanista, marxista e revolucionária encontrada na Teologia da Libertação sul-americana e não tem mais base bíblica que o modelo sul-americano. A falsa doutrina ainda é falsa, não importa qual nome esteja ligado a ela. Da mesma forma que o fervor revolucionário foi agitado na América do Sul, a Teologia da Libertação está agora tentando agitar um fervor revolucionário entre os negros na América. Se a Igreja na América reconhecer a falsidade da Teologia da Libertação Negra como a Igreja Católica fez no modelo sul-americano, a Teologia da Libertação Negra irá sofrer o mesmo destino que a Teologia da Libertação na América do Sul, ou seja, será vista como uma doutrina falsa e humanista vestida com termos teológicos.
A Teologia da Libertação foi reforçada em 1968 na Segunda Conferência dos Bispos da América Latina, a qual se reuniu em Medellín, na Colômbia. A ideia era estudar a Bíblia e lutar por justiça social nas comunidades cristãs (católicas). Já que o único modelo governamental para a redistribuição da riqueza em um país da América do Sul era um modelo marxista, a redistribuição da riqueza para elevar os padrões econômicos dos pobres na América do Sul assumiu um sabor definitivamente marxista. Já que aqueles que tinham dinheiro eram muito relutantes em separar-se dele em qualquer modelo de redistribuição de riqueza, o uso de uma revolta populista (ou seja, dos pobres) foi incentivada por aqueles que trabalhavam mais perto dos pobres. Como resultado, o modelo de Teologia da Libertação estava atolada no dogma marxista e em causas revolucionárias.
Como resultado de suas tendências marxistas, a Teologia da Libertação, como praticada pelos bispos e sacerdotes da América do Sul, foi criticada em 1980 pela hierarquia católica, do Papa João Paulo pra baixo. A hierarquia mais alta da Igreja Católica acusou os teólogos da libertação de apoiar revoluções violentas e luta de classes definitivamente marxista. Esta perversão é geralmente o resultado de uma visão humanista do homem sendo codificada na Doutrina da Igreja por sacerdotes e bispos zelosos e explica por que a hierarquia católica agora quer se separar da doutrina e revolução marxista.
No entanto, a Teologia da Libertação se mudou dos camponeses pobres da América do Sul aos negros pobres na América do Norte. Temos agora a Teologia da Libertação Negra sendo pregada na comunidade negra. É a mesma filosofia humanista, marxista e revolucionária encontrada na Teologia da Libertação sul-americana e não tem mais base bíblica que o modelo sul-americano. A falsa doutrina ainda é falsa, não importa qual nome esteja ligado a ela. Da mesma forma que o fervor revolucionário foi agitado na América do Sul, a Teologia da Libertação está agora tentando agitar um fervor revolucionário entre os negros na América. Se a Igreja na América reconhecer a falsidade da Teologia da Libertação Negra como a Igreja Católica fez no modelo sul-americano, a Teologia da Libertação Negra irá sofrer o mesmo destino que a Teologia da Libertação na América do Sul, ou seja, será vista como uma doutrina falsa e humanista vestida com termos teológicos.
Fonte: Gotquestions
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